Reação de Jude Bellingham desperta nova discussão
Thomas Tuchel, técnico da seleção da Inglaterra, voltou a lembrar que a atitude dos jogadores dentro e fora do campo é decisiva para manter o grupo unido. Na vitória por 2 a 0 sobre a Albânia, ele precisou lidar com a irritação pública de Jude Bellingham quando o painel mostrou sua substituição aos 39 minutos do segundo tempo.
Mesmo já advertido com cartão amarelo, o meio-campista do Real Madrid saiu fazendo gestos de descontentamento, o que logo repercutiu nas redes sociais e na imprensa. Tuchel disse a uma rádio britânica que vai rever as imagens antes de tomar qualquer medida, mas reforçou seu lema: “o comportamento fala mais alto que palavras”.
Para ele, nenhum atleta está acima do projeto coletivo, especialmente às vésperas de uma Copa em que suspensões podem custar caro. A entrada de Morgan Rogers, poupado do time titular para evitar desgaste físico, foi decisão de ordem tática e disciplinar, explicou o treinador.
Mesmo contrariado, Bellingham andou até a linha lateral, aplaudiu os torcedores em Tirana e cumprimentou o técnico com um aperto de mão. Na transmissão, o ex-lateral Stephen Warnock chamou a reação de “explosão de raiva”, mas reconheceu que o jogador de 22 anos se controlou a tempo de evitar um problema maior.
Gerenciamento de grupo em tempos decisivos
Além do risco de punição, Tuchel mostrou preocupação com o acúmulo de cartões logo nas primeiras fases da Copa. A lembrança recente da expulsão de Cristiano Ronaldo, que tirará o português dos dois primeiros jogos do torneio, serviu de alerta.
Por isso, antes mesmo do duelo contra a Albânia, o técnico reuniu o elenco para pedir que evitassem reclamações exageradas que pudessem resultar em cartões. Depois do jogo, ele afirmou que “decisões são tomadas e todos precisam aceitá-las”, lembrando que Rogers também tinha motivos para lamentar a reserva, mas respeitou a escolha.
No gramado, jogadores experientes tentaram acalmar Bellingham. Dan Burn falou com ele primeiro; logo depois veio Phil Foden, repetindo: “não faça nada que prejudique o grupo”. Mesmo assim, o meia evoluiu e se tornou peça importante na marcação e na saída de bola, algo visto outra vez contra a Albânia.
A vitória tranquila fechou a campanha nas Eliminatórias e permitiu ao treinador mudar sete jogadores em relação à partida anterior. A troca de peças foi chance de testar opções no meio-campo e dar descanso a quem joga sem parar nos clubes.
Bellingham, ansioso para mostrar serviço depois de perder a convocação passada por lesão, arriscou passes verticais ambiciosos, mas também errou bolas simples perto da defesa, sinal de que ainda busca o melhor ritmo. Conor Coady, companheiro na Copa do Mundo do Catar, disse que o camisa 22 entenderá a decisão quando tudo acalmar.
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O assunto deve render conversas internas, mas, por enquanto, não há sinal de punição forte se o atleta mantiver postura profissional nos treinos. Tuchel prefere diálogo, lembrando que já trabalhou com grandes personalidades em clubes de ponta e sabe que a competitividade pode transbordar. Porém, ele sustenta que gestos públicos de desagrado dão munição aos críticos e tiram o foco do grupo.
