Bayern segue na liderança do alemão
Karl-Heinz Rummenigge, ex-CEO e atual membro do conselho diretivo do Bayern de Munique, criticou duramente as reclamações dos jogadores sobre o calendário do futebol. Em entrevista ao Sport Bild, ele afirmou que os atletas e seus empresários exigem cada vez mais dinheiro, tornando inevitável a criação de torneios como o novo Mundial de Clubes da FIFA.
Segundo o dirigente, o aumento de competições é uma consequência direta da busca por contratos milionários. “Nossos jogadores têm que parar de reclamar. Toda negociação que acompanho exige valores mais altos e contratos mais longos. Esse dinheiro tem que sair de algum lugar”, disse Rummenigge.
Ele dise que os direitos de transmissão cresceram apenas 2% recentemente, mas a pressão por salários elevados continua. “Esses 2% não são suficientes, então o dinheiro precisa vir de novas competições, como o Mundial de Clubes”, explicou. Para o ex-atacante, os próprios atletas caíram em uma armadilha que eles mesmos criaram.
Técnico Kompany em jogo do Bayern de Munique contra o Benfica. Treinador deseja reformular o elenco do clube alemão. Foto: Adam Pretty
Rummenigge revelou que tem discutido o tema com Aleksander Ceferin, presidente da UEFA. Para ele, a falta de controle financeiro pode levar o futebol ao colapso. “Se as coisas continuarem assim, o futebol será a única indústria que só gera prejuízos. Estamos indo em direção à parede e ninguém quer tirar o pé do acelerador”, alertou.
Bayern de Munique precisa mudar?
O cartola defendeu a implementação de regras mais rígidas para evitar a inflação salarial desenfreada no futebol europeu. “Os clubes, as ligas, os sindicatos e os agentes precisam encontrar uma solução racional. O mercado está fora de controle”, criticou.
Mudanças no mundo do futebol?
Para resolver o problema, Rummenigge sugere que o futebol siga o modelo norte-americano, com um teto salarial para equilibrar as finanças dos clubes. “Precisamos estabelecer limites de gastos com elenco, como acontece nos esportes dos Estados Unidos”, afirmou.
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Ele acredita que um teto salarial ajudaria até mesmo no ambiente dos times. “Isso reduziria a inveja dentro do vestiário. Quando um jogador recebe um salário absurdo, significa que outro está sendo subvalorizado”, analisou.
Por fim, Rummenigge reforçou a necessidade de mudanças urgentes no futebol. “Se não houver controle, o esporte pode se tornar insustentável financeiramente. O futebol precisa aprender a viver dentro de seus limites”, concluiu.
